quarta-feira, 24 de março de 2010

Nova época para a Blues broThers Team começa no Domingo em Penafiel

por Bruno Magalhães

Há que pegar o touro pelos cornos: o final da época desportiva da Blues broThers Team foi atribulado. Atribuladíssimo, atrever-me-ia até a dizer. Envolveu um mau fim-de-semana, uma prova de má memória e desentendimentos vários que levaram ao repensar de toda a estrutura da equipa.

Éramos, quando se formou a equipa, apenas dois elementos com o gosto pelas bicicletas. Como várias gerações por esse país fora, começamos com uma BMX que pesava cerca de 20kg, evoluímos para uma Esmaltina que pesava quase o dobro até que chegamos ao topo da nossa carreira com uma Top Sirla moldada à nossa forma de pedalar. Nós e a bicicleta éramos um só (embora a bicicleta e nós já fôssemos pelo menos dois...).

Com o passar do tempo, evoluímos no número de elementos. Passamos a ser uma verdadeira equipa: chegamos a ser três, se não me engano, naqueles três dias em que o Ricardo pensava ser o Pantani (mas depois descobriu que a bicicleta não tinha motor e era mesmo preciso pedalar).

Mas tudo se desmoronou como uma baralho de carta (daqueles comprados no chinês ou dos outros promocionais, tipo os da Segurança Rodoviária ou aqueles com mulheres nuas)! Depois de milhares de quilómetros a trilhar as mais exigentes altimetrias deste país, a equipa tirou um tempo para pensar. Como que a contar armas no sempre quente clima de guerra existente.

Tudo se passou num Domingo de manhã chuvoso no 4º Trilhos de Lousada. Tudo me parece tão longe, mas tão perto ao mesmo tempo. Tudo parece ter passado a correr mas, no entanto, tudo parece ainda estar a acontecer, como que a pairar num prado de borboletas azuis com listas caqui e um perfume a alfazema em fundo (com a suavidade do rosmaninho à mistura). Mas, no entanto, chovia intensamente. Numa prova de evidente final de época (o meu final de época é quando eu quiser) e em que efectuava um treino de descompressão, vejo-me na responsabilidade de criar algum incentivo na vida desportiva do Matula, deixando-o (embora nem tenha reparado) finalizar a prova à minha frente.

Este alegado evento apenas nos foi supostamente contado por terceiros, segundo um fulano que conhecia o tio de cicrano que era sobrinho de um dos organizadores e que comunicou a ordem de chegada ao Matula. Essa é uma história muito mal contada que chegará, Matula, aos teus netos pela tua boca, enquanto pelas minhas conquistas falam os meus troféus (mais concretamente aquele que ganhei em Paredes, aquele que ia ganhar em Elvas e o 1º lugar de Alfena que o "Mocinho" não me deixa mentir).

Portanto, considero que não tenho nada a provar e que estou até pronto a dar o lugar aos mais novos. Por outro lado, quero mostrar aos mais novos que nenhum deles me vai tirar o lugar e que não estou pronto para ser substituído.

Quanto aos mais velhos, Matula, continuem a viver de vitórias morais, e que continuem a encher o bandulho com aquele pão oco da Ti Guida que durante tantos anos comeste! Esse tipo de vitórias não me interessa. Não me pode interessar. Sou superior a isso.

Domingo em Cabroelo, Penafiel, recomeça uma luta épica, que muitos esperavam (mais concretamente nós os dois)! Até lá!

P.S. - O fulano contou uma história ao Matula de que este terá ficado em 3º ou 4º lugar, o que, mesmo muito aldrabado, não deixa de ser uma das suas melhores classificações de sempre, senão mesmo a melhor. Eu fiquei dois lugares atrás, depois de ultrapassado na fase final da prova.

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